Piloto de balão que caiu em SC não tinha licença válida, diz Anac


Anac diz que Elves Crescêncio "não possui licença de Piloto de Balão Livre"
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta segunda-feira (23) que o piloto responsável pelo balão que caiu em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, não tinha licença para realizar voos comerciais. O acidente, ocorrido no sábado (21), deixou oito mortos.
De acordo com a Anac, o piloto Elves de Bem Crescencio não possuía a habilitação de Piloto de Balão Livre (PBL), exigida para esse tipo de operação. Além disso, o balão envolvido no acidente também não tinha certificação da agência.
A Anac esclareceu que, no Brasil, apenas voos de caráter desportivo com balões são permitidos atualmente. Não existe, no momento, nenhuma empresa ou aeronave certificada para realizar voos comerciais de balonismo no país. Apesar disso, a agência destaca que é possível obter essa certificação, desde que piloto, aeronave e empresa cumpram todos os requisitos técnicos e de segurança estabelecidos pelas normas internacionais.
Ainda segundo a agência, o balonismo desportivo é considerado uma atividade de alto risco. Por isso, só é permitido embarcar passageiros com a ciência de que se trata de uma prática esportiva sem as garantias de segurança aplicáveis à aviação comercial.
A Anac também revelou que, no início de junho, técnicos da agência estiveram em Praia Grande para orientar autoridades locais e representantes do setor turístico sobre as exigências regulatórias para a realização de voos comerciais na região, que tem no balonismo uma de suas principais atrações turísticas.
No dia do acidente, a empresa Sobrevoar publicou que cumpria as regras estabelecidas pela Anac
Fonte: Catve.com
Publicada em 24/06/2025