Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe e pela asfixia. Pedro Ramiro de Souza e Susimara Gonçalves de Souza foram mortos dentro da casa onde moravam, após o próprio Walter ligar para a polícia. Segundo as investigações, ele tinha o objetivo de ficar com a herança, e por isso planejou o crime.
Os laudos periciais foram concluídos em 17 de janeiro, e confirmaram as mortes por asfixia. A prisão preventiva dele foi decretada em 21 de janeiro.
Em buscas feitas na casa do jovem, o delegado informou que foram encontradas as roupas que ele teria usado no dia do crime. Naquele dia, ele teria ido à casa da mãe e do padrasto por, segundo as alegações dele, não ter conseguido contato com o casal, quando se deparou com os corpos. De acordo com as investigações, no entanto, ele e o comparsa teriam chegado à casa horas antes do casal, e ficaram no imóvel esperando as vítimas.
Filho chegou a fazer publicação lamentando as mortes (foto: Redes Socias, Reprodução).
Quem são as vítimas
Susimara Gonçalves de Souza, 42 anos, e Pedro Ramiro de Souza, 47 anos, estavam juntos há 11 anos. Natural de Blumenau, Pedro (que era conhecido apenas como Ramiro por amigos) e a esposa trabalhavam em um comércio que fazia a instalação e venda de produtos para o acabamento final de obras.
No final de 2023, ele havia finalizado a construção de 16 “kitnets” que ele mesmo projetou no mesmo local em que mantinha a loja. Atualmente, o empresário já contava com inquilinos no local. Definido como uma pessoa “espetacular e muito correta” por um, Ramiro ainda cultivava uma paixão por um caminhão caçamba que era dele e que costumava dirigir com frequência.
Aos finais de semana, era comum que, acompanhado da mulher, os dois fossem viajar para uma casa na praia que também haviam comprado. Nas redes sociais, Susy é descrita como “um doce de pessoa” por amigos e familiares. Em mensagens de despedida, a partida inesperada do casal é citada como um choque a todos que os conheciam.
“Pessoas maravilhosas, só quem conheceu sabia o tamanho do coração deles”, escreveu Mariana Bagestan Guterres.