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POLICIA CIVIL INDICIA PRESIDENTE E DIRIGENTE DO CASCAVEL CR POR FALSIFICAÇÃO DE EXAMES DE COVID-19



Delegado acredita que clube possa ter feito a prática em outras partidas A Polícia Civil do Paraná indiciou, na última terça-feira (29), o presidente do Cascavel CR, Tony Almeida, e o seu filho, o dirigente do clube Anthony Perekles Gonçalves, além de um olheiro e o pai de um atleta pela falsificação dos testes de Covid-19, antes da partida contra o Athletico, em jogo válido pelo Campeonato Paranaense 2021. Eles responderão por falsificação de documento e uso de documento falso. O inquérito foi aberto no dia 26 de abril após a Federação Paranaense de Futebol denunciar a irregularidade. Durante a investigação, a polícia ouviu, além das partes, cerca de dez testemunhas. Também foi solicitado a apreensão do passaporte do presidente do clube, que possui dupla nacionalidade. O delegado da Polícia Civil, responsável pelo caso, Luiz Carlos de Oliveira, disse que a suspeita foi levantada após o presidente do CCR tentar entrar na Arena da Baixada com uma criança de cinco anos, que estava na lista do clube. “Quando ele foi entrar no estádio o porteiro disse que não seria possível, porque não havia torcida. Ai ele disse que a criança já havia sido testado, o porteiro suspeitou e fez algumas ligações. O menino constava na lista dos exames falsificados, que estava relacionada”, declarou o delegado. O delegado solicitou a prisão preventiva de Tony e Perekles, já que o presidente do clube está com passagem marcada para o Egito. “A partir do momento em que tomamos ciência desta viagem que ele faria, já que ele tem dupla-cidadania, acreditávamos que ele não voltaria mais, nós fizemos o pedido, o juiz indeferiu e pedimos a apreensão do passaporte. Acreditamos que hoje ele irá à delegacia de Cascavel e vai tomar ciência da decisão judicial“, explicou Oliveira. Além dos dirigentes, um olheiro e um pai de um atleta, que estavam relacionados como se fossem da comissão técnica foram indiciados. “Eles não realizaram exame e não eram da comissão técnica”, que vieram até aqui até o presente momento”, pontuou. Outras partidas A investigação alegou que o clube agiu assim por conta da saída do grupo de empresários que havia assumido o futebol do clube e deixou a equipe após a derrota contra o Toledo, no dia 21 de março. “Quando os empresários saíram não tinha quem custeasse. Então eles começaram a fazer uma série de erros que culminou com essas falsificações”, esclareceu. O delegado acredita que o Cascavel CR fez a prática da falsificação de exames em outras partidas, mas que não foi possível investigar isso por conta de uma pane no sistema da FPF. “O médico que foi contatado no dia do jogo nos informou que, em um jogo que estava em Ponta Grossa, o time do Cascavel estava outra partida e ele figurava como integrante da delegação. Nós solicitamos exames anteriores a Federação e lamentavelmente fomos informados que o sistema deu problema”, relatou. Novos indiciados O delegado também comentou que outras pessoas podem ser indiciadas, entre eles jogadores, que estão em vários estados do país. “Temos um prazo de 30 dias e esse prazo pode ser prorrogado, tendo vista que tem jogadores espalhados pelo Brasil inteiro. Temos alguns prioritários para ouvir e outros que vamos localizar. Com certeza serão indiciadas por uso de documento falso”, enfatizou. Oliveira afirmou que os jogadores tinham ciência da falsificação e faziam a prática em troca de jantares. “Os jogadores tinham ciência que o protocolo não existia. Temos pessoas, que foram escutadas aqui, que ouviram de forma jocosa que os jogadores trocariam aquele fato por um jantar em postou de gasolina”, ressaltou. Punição no TJD Na parte desportiva, o Cascavel CR foi suspenso por 720 dias, ou seja, quase dois anos. Com isso, o clube só pode retornar as atividades em 2023, na Terceira Divisão do Paranaense. Além disso, a Serpente terá que pagar uma multa de R$ 200 mil. Já Perekles recebeu o mesmo tempo de gancho e multa de R$ 100 mil. Os três jogadores foram punidos em seis jogos. Entenda o caso O caso aconteceu antes da partida do Cascavel CR contra o Athletico, no mês de abril, na Arena da Baixada. O lateral-direito Lapa, o meia Castro e o atacante Gabriel Oliveira, que chegaram a ser confirmados entre os titulares, foram retirados da partida logo após o aquecimento. O argumento do clube era que os jogadores estavam com febre. Porém, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) denunciou a falsificação dos testes após a partida. A suspeita é que o Cascavel CR falsificou 14 testes para a partida contra o Athletico. De acordo com o protocolo da FPF, todos os presentes nos estádios precisam realizar o teste RT-PCR para entrar nos estádios. Além disso, todos terão a temperatura aferida na chegada e só entram caso esteja abaixo de 37,5ºC.
FONTE:"PORTAL BANDA B"


Publicada em 21/11/2024