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“VIATURAS DO DEPEN ULTRAPASSARAM EM LOCAL PROIBIDO E CAUSARAM ACIDENTE NA 277”, DIZ TESTEMUNHA.



Ainda muito abalado, Emanoel contou que ajudou a retirar os motoristas das carretas. A CGN conversou na tarde desta terça-feira (04) com uma testemunha que presenciou o gravíssimo acidente na rodovia BR-277, no município de Candói. A colisão frontal aconteceu entre dois caminhões contêiners, um brasileiro e outro paraguaio que seguiam em sentidos opostos. Com o impacto, um dos veículos pegou fogo e o motorista Paraguaio morreu na hora. O condutor do veículo brasileiro foi socorrido com múltiplas fraturas. Emanoel que presenciou o acidente contou para a CGN que a colisão aconteceu após uma ultrapassagem forçada, em local proibido por duas viaturas do Departamento Penitenciário (Depen). “As viaturas vieram na altura da ponte do rio Cavernoso, eu vi pelo retrovisor, eles vinham em alta velocidade, já tirei pro acostamento, continuei e a uma altura alcancei novamente eles. Quando acabou a 3ª faixa eles já entraram ultrapassando todo mundo e a BR está movimentadíssima, na curva eles entraram as duas viaturas na faixa contínua ultrapassando três carretas, quando terminaram a ultrapassagem deu a explosão e aí eles seguiram viagem. Duvido que não viram o que fizeram”, contou. A testemunha que trabalha como representante comercial, relatou que viaja frequentemente pela rodovia há mais de 20 anos e que essa foi a situação mais triste que ele já presenciou. Ele contou que ajudou a retirar os motoristas das carretas. “Eu e outro caminhoneiro que vinha atrás da carreta do Paraguai, descemos ele pegou extintor e já começaram as explosões. O fogo passava por cima da cabine do caminhão, o óleo diesel escorria pela canaleta e pneus estourando. O grande herói foi o caminhoneiro que estava a minha frente que deixou o filho dentro do caminhão e, como um anjo, não teve medo do fogo e entrou para tirar os dois motoristas aí eu o ajudei”, disse. O homem relatou ainda que as explosões eram muito intensas e que apesar de outras pessoas terem parado para ajudar, a maioria passava pelo local filmando e nem davam bola. Outros, na pressa de seguir viagem, também na paravam. “As explosões e o fogo só aumentava e nós dois puxávamos um de cada vez para longe do fogo. Pouco depois chegaram dois irmãos e nos ajudaram a tirar os caminhoneiros. Eu gritava para outros caminhoneiros para trazer extintores, mas ninguém dava bola, só pessoas que passavam filmando e uns com pressa de seguir viagem. Ainda muito abalado com a situação, ele contou que é pai de família, católico e devoto a Nossa Senhora Aparecida. Ele destacou que foi Deus quem o guiou para ajudar naquele momento. “Eu estou chocado ainda, sou católico, pai de família, amo Nossa Senhora Aparecida e foi a cena mais triste que vi em toda minha vida. Rezo pelas vítimas e pelos que não tem coração, que preferem dar pedrada nos caminhoneiros antes de saber o motivo da tragédia. Foi Deus que me orientou a ir lá e fazer o possível pra salvar duas vidas, infelizmente uma não conseguimos”, lamentou.
FONTE:"CGN".


Publicada em 21/11/2024