Os números mostram que, em dois dias seguidos, esta enchente de 10 e 11 de outubro de 2022 superou as demais, até as históricas de 1983. Choveu, agora, 227,6 milímetros, superando os 189,6 de julho e os 226,7 de maio de 1983. Pode-se argumentar que nesta enchente a água não chegou em locais como a Avenida Júlio Assis Cavalheiro, desde a ponte (que passou por cima) até o Hospital São Francisco. É que após aquelas duas grandes enchentes de 1983 veio a dragagem do Marrecas (na primeira gestão do prefeito Guiomar Lopes), com encompridamento da ponte da Avenida Luiz Faedo, e, na gestão de Cleber Fontana, a abertura do túnel, que, ainda em obras, já está funcionando parcialmente. Não fossem essas obras, os alagamentos de agora teriam sido bem maiores. Teve gente criticando, nas redes sociais, que o túnel não resolveu. O prefeito Cleber lembrava ontem que o canal ainda está sendo aberto. “Falta afundar mais cinco ou seis metros.” Demorou pra subir e, depois, baixar. A chuva desta semana só parou mesmo por volta das 19h de terça-feira, mas o Rio Marrecas continuou subindo até na madrugada da quarta-feira. Começou a baixar ao amanhecer, mas lentamente, até a noite continuava alto (chegou a subir oito metros), deixando várias ruas impedidas para o trânsito.

Fonte e foto:"Jornal de Beltrão".

Publicada em 21/11/2024