Elas ficarão no recinto com a mãe por pelo menos um ano e meio.

A liberação das oncinhas na área aberta parece simples, mas não é. Primeiro é preciso recolher o pai porque onças machos não gostam muito de filhotes por perto.

Estava tudo ensaiado, mas, o valente, decidiu mudar um pouco o show e demorou mais de uma hora para sair de cena.

Depois, foi a vez da mamãe, a Nena, onça pintada melânica ou preta, tomar conta do espaço que foi vistoriado por ela com muito cuidado.

As nenéns, que puxaram a mãe, estrelas do dia, só apareceram quando Nena confirmou que não havia mais perigo.

Aos poucos e sempre com o olhar atento da mãe, as meninas foram se aventurando e começaram a explorar o novo espaço com dois mil metros quadrados, com grama, mato, água e alguns brinquedos artificiais, colocados ali pra distração dos bichos.

As meninas vão ficar com a mãe neste recinto por pelo menos um ano e meio. Elas ficarão longe do pai já que a criação é uma tarefa da própria mãe.

As oncinhas ainda não têm nomes. Eles serão escolhidos dentro de 30 dias pelos próprios funcionários da Itaipu.

Como não vai ficar com a família, o pai valente que já tem 16 anos, vai passar por uma bateria de exames e depois vai revezar com as meninas, o espaço aberto ao público.

As oncinhas fazem parte do programa de reprodução continuada do refúgio para espécies ameaçadas. Como serão criadas em cativeiro, o futuro delas ainda é incerto, mas quando atingirem a idade adulta devem ser enviadas para outra unidade de conservação.

Porém até lá, serão as novas atrações para quem visitar o refúgio, lembrando que os moradores dos municípios lindeiros não pagam o ingresso.

Redação JC1

Publicada em 21/11/2024