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QUASE 8 ANOS APÓS CRIME, JÚRI DE ACUSADO PELA MORTE DE RENATA MUGGIATI COMEÇA NESTA QUARTA



Ao todo, 15 testemunhas foram arroladas e podem ser ouvidas ao longo dos três dias de júri.


 


Com previsão de durar pelo menos três dias, começa nesta quarta-feira (8) o júri popular de Raphael Suss Marques, que é acusado pela morte da fisiculturista Renata Muggiati. O crime aconteceu em setembro de 2015, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. O Ministério Público do Paraná MPPR (Ministério Público do Paraná) afirma que a vítima morreu graças a um golpe "mata-leão", seguido por asfixia. Na sequência, o réu teria arremessado o corpo da então namorada do 31° andar com objetivo de adulterar a cena do crime.


Raphael Suss Marques é acusado de homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe, emprego de asfixia, recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima e feminicídio. A denúncia do MPPR ainda atribui a ele o crime de fraude processual.


O júri vai acontecer no Tribunal do Júri de Curitiba, no Centro Cívico. A expectativa é de que um grande número de pessoas acompanhe o julgamento. A PM (Polícia Militar) vai reforçar a segurança no local.


Ao todo 15 testemunhas foram arroladas e podem ser ouvidas ao longo dos três dias.


Raphael Suss Marques Preso


Raphael está preso desde fevereiro de 2019, por quebra de medidas cautelares. Na ocasião, ele teria faltado uma audiência para ir a um jogo de pôquer.


Antes, ele também esteve preso em 2016, por agressão a uma outra ex-namorada.


Em janeiro de 2020, a Justiça autorizou o réu a trabalhar como médico em presídios da Grande Curitiba. Em outubro de 2021, a família de Renata Mugiatti pediu ao CRM (Conselho Regional de Medicina) do Paraná a cassação do registro profissional.


Tribunal do Júri


De acordo com informações repassadas, 86 pessoas foram convocadas para eventualmente compor o Conselho de Sentença, mas apenas sete serão escolhidas. Ministério Público e defesa podem dispensar jurados durante o sorteio por algum motivo previsto em lei ou fazer até três dispensas sem justificativa.


Os sete escolhidos passam a ficar incomunicáveis e, nos intervalos noturnos, são encaminhados a hotéis, sem acesso inclusive a televisão.


O caso


Renata conheceu Raphael Suss Marques em 2014 e começou a namorar com o médico. Pouco tempo depois, afirma o MP (Ministério Público), o réu pelo assassinato da fisiculturista passou a controlar a mulher "em vários aspectos".


Ambos se mudaram para um apartamento localizado na rua Comendador Araújo. Suss teria, a partir de então, proibido Renata de ter contato com amigos, familiares, patrocinadores e de frequentar as aulas com seu personal trainer.


Suss também passou a receitar medicamentos psiquiátricos para a namorada, além de agredi-la física e psicologicamente, disse o MP.


No dia do crime, "Raphael registrou duas fotografias de Renata sentada no parapeito da janela do apartamento", cita o MP. Poucos minutos depois, ele teria surpreendido a vítima com um mata-leão, e em seguida a asfixiado até a morte.


Durante a queda do corpo da fisiculturista, o médico teria gritado na tentativa de imitar uma tonalidade feminina para simular que a mulher havia se atirado do 31º andar voluntariamente.


Às 2h47 da madrugada de 12 de setembro de 2015, Raphael acionou a Polícia Militar e informou a morte de Renata.


 


 


Banda B


Publicada em 21/11/2024