FC Cascavel é valente, mas título do Paranaense 2023 é do Athletico. Furacão conquista o troféu invicto
Serpente teve chances de marcar e Furacão também, mas jogo da volta da final terminou sem gols.
"Toda a garra que a gente que precisa para jogar e para ser campeão". Esse é um trecho do hino do FC Cascavel. Garra, determinação, coragem e valentia não faltaram para a Serpente, mas o troféu de campeão vai mesmo ficar na capital do Paraná. O Atheltico, depois de ter vencido o jogo de ida por 2 a 1, soube jogar com a vantagem e segurou o Aurinegro na Arena da Baixada.
O segundo jogo da final terminou empatado em 0 a 0, mas chances dos dois lados não faltaram. Com o placar zerado o Furacão comemora na Arena da Baixada o seu 27º título de campeão Paranaense. E a campanha foi de forma invicta. O Athletico só empatou duas partidas dos 17 jogos disputados. Venceu 15 e por isso mereceu o título.
"Eu visto essa camisa com honra e amor", é outro trecho da letra do hino do Aurinegro. E a torcida certamente tem o que comemorar. No primeiro tempo o time de Curitiba foi melhor e conseguiu chegar ao gol de André Luiz, mas sem grandes sustos. No segundo tempo, o time comandado por Luiz Carlos Cruz apostou todas as fichas, chegou a encurralar os donos da casa e tiveram oportunidades até de sair na frente do placar. No entanto, faltou capricho e pela segunda vez em sua história recente a Serpente levantou o troféu de vice-campeão. A outra foi em 2021 quando perdeu o título em casa para o Londrina.
A decisão teve dois lances inacreditáveis. Primeiro o zagueiro Raphael, do FC Cascavel, perde um gol quase que em cima da linha, sem goleiro e livre de marcação. Logo depois o atacante Vitor Roque, convocado recentemente para a seleção brasileira, repetiu a dose. Com o gol vazio e sem goleiro ele não conseguiu mandar a bola para a rede. Apesar do vice-campeonato, o Aurinegro atingiu seu objetivo neste começo de temporada. Para o ano que vem tem vaga na Copa do Brasil, na Copa São Paulo de Futebol Júnior e na Série D do Brasileiro, caso não consiga o acesso ainda em 2023 para a Série C.
O JOGO
1º Tempo
Os técnicos de Athletico e FC Cascavel iniciaram o segundo jogo da final com mudanças, uma de cada lado. Paulo Turro, com Erick tendo que cumprir suspensão após ser expulso no duelo de ida, optou por colocar Hugo Moura de volante. Já Luiz Carlos Cruz preferiu o ataque com Lucas Batatinha no lugar de Lucas Coelho. O primeiro tempo foi de muita marcação e sem chances claras de gol, apesar do número de finalizações.
A posse de bola foi equilibrada, mas o Furacão conseguiu chutar mais. Com 13 minutos de jogo, Gaspar tomou amarelo por falta em Canobbio. Terans cobrou com certo perigo, mas a bola acabou passando sobre o gol de André Luiz. A primeira chegada do Aurinegro foi aos 20 minutos. Robinho recebeu na entrada da área, mas não pegou bem na bola e ela saiu pela linha de fundo.
No minuto seguinte o time da casa respondeu com Pablo batendo com muito perigo da linha da grande área. O volante Fernandinho, que fez um bom primeiro tempo, tentou de longe aos 25 minutos, mas errou o alvo. O FC Cascavel voltou a finalizar depois de um cruzamento rasteiro de Libano para Lucas Batatinha. O atacante pegou bem, de primeira, mas a bola desviou no zagueiro Zé Ivaldo.
Depois, aos 33 minutos, Fernandinho tentou cruzar e acabou transformando o cruzamento em um chute venenoso. Atento, André Luiz pegou uma bola difícil e evitou o gol. Essa foi, praticamente, a última chegada do primeiro tempo, que terminou 0 a 0.
2º Tempo
Na volta dos vestiários o FC Cascavel retornou com Renanzinho no lugar de Gaspar, que tinha cartão amarelo. Precisando de pelo menos um gol para levar a decisão para os pênaltis, a Serpente teve mais iniciativa e foi melhor que o Athletico nos primeiros dez minutos, mas apesar da blitz sobre o Furacão, teve dificuldades para concluir em gol.
Preocupado com a fragilidade no meio campo, Paulo Turra então fez duas mudanças. Ele colocou Victor Roque na vaga de Pablo e Vitor Bueno por Cuello. Com poucos minutos em campo, Vitor Roque fez André Luiz aparecer bem novamente. Com jogo mais equilibrado, Luiz Carlos trocou os atacantes: Lucas Coelho nolugar de Lucas Batatinha aos 15 minutos. No Athletico Alex Santana entrou e saiu Terans.
Aos 19 minutos, Vitor Roque ganhou da marcação, de Raphael e de Willian e de frente para o gol perdeu uma chance incrível, mandando para fora. Logo depois Thiago Heleno mandou uma bomba de longe e André foi buscar no ângulo. Perdendo espaço no meio campo, o comandante do FC Cascavel colocou Pedrinho e tirou Wagner.
A serpente voltou a crescer mais uma vez e colocou pressão no Furacão durante alguns minutos. Bela jogada de Renanzinho no meio de três marcadores e a finalização acabou saindo. Logo depois o zagueiro Raphael subiu mais que todo mundo após escanteio cobrado por Gama, mas a cabeçada não foi firme. Renanzinho fez boa jogada individual e bateu bem, mas Bento salvou os donos da casa.
Depois um lance incrível. Aos 32 minutos o FC Cascavel teve a chance de marcar. Robinho cruzou e praticamente embaixo da trave o zagueiro Raphael mandou por cima do gol, livre de marcação e com o gol vazio. Inacreditável a bola não entrar. Turra voltou a mexer no time e o Athletico segurou a pressão do rival. Hugo Moura deu lugar a Christian e Bryan Garcia ficou com a vaga de Vitor Bueno. Tanto que aos 39 minutos foi a vez do atacante Vitor Roque perder uma chance inacreditável. Ele recebeu o cruzamento na segunda trave e também com gol vazio na pequena área não conseguiu marcar.
Valente, o FC Cascavel ainda tentou com Rodrigo Alves nos últimos minutos, mas o placar terminou mesmo 0 a 0.
Redação Catve.com
Publicada em 21/11/2024