Merendeiras são presas por desviar alimentos de escola
Sete homens foram presos por revender carnes que deveriam ser entregues nas instituições.
Onze pessoas foram presas em flagrante por desviar merenda escolar e associação criminosa, na tarde de segunda-feira (17), no Distrito Federal. A Polícia Civil prendeu quatro merendeiras, com idade entre 37 e 60 anos e os demais homens. O grupo é acusado da prática de crimes contra a administração pública.
As investigações tiveram início a partir de uma denúncia anônima que apontava uma funcionária da escola Centro de Ensino Fundamental nº 103, localizada em Santa Maria, envolvida em um esquema criminoso de desvio de produtos alimentícios, destinados ao preparo da merenda escolar dos alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal.
Durante as diligências realizadas, confirmou que as funcionárias da cozinha da escola de Santa Maria estariam envolvidas no esquema criminoso. As suspeitas foram abordadas pelos policiais quando deixavam a instituição com diversos produtos alimentícios.
Ainda confirmaram que as merendeiras não utilizavam todos os produtos destinados à merenda escolar para que sobrasse e, assim, efetuassem a subtração em proveito próprio. Durante o interrogatório, uma das funcionárias confessou que os desvios de produtos alimentícios aconteciam diariamente há vários anos.
As investigações também apontaram que uma empresa, com sede em Santa Maria, era responsável pela entrega de carnes em todo o DF para produção da merenda escolar. Desse modo, as equipes da 33ª DP e 20ª DP passaram a monitorar os três caminhões utilizados no transporte da carga. Segundo apurado, os três motoristas e os dois encarregados presos deveriam realizar três rotas de entregas para escolas públicas da região de Ceilândia e regressar, ao final do trajeto, ao estabelecimento em Santa Maria.
Durante monitoramento a polícia viu que os envolvidos alteravam as rotas e seguiam em direção a estabelecimentos particulares para vender as caixas de carne pelo valor de até R$ 5, cada, valor bem abaixo do mercado.
Com a realização da operação conjunta, foi possível efetuar a abordagem dos suspeitos no momento em que realizavam as entregas ilícitas a terceiros. Na ocasião, os policiais apreenderam cerca de 48 caixas de proteína, com 18 kg, cada, as quais devem ser reenviadas às escolas públicas.
Os cinco homens que são funcionários ligados à empresa foram presos em flagrante e autuados pelo crime de peculato e associação criminosa. Dois homens que negociaram os produtos foram presos e autuados em flagrante pelo crime de receptação simples e outro pelo de receptação qualificada (revenda no próprio comércio).
As merendeiras foram atuadas em flagrante pelos crimes de peculato e associação criminosa. Caso sejam condenadas, poderão ficar até 15 anos na prisão. Todos os envolvidos presos, em ambas as ações efetuadas, foram recolhidos à carceragem da PCDF, onde permanecem à disposição da Justiça.
Assessoria
Publicada em 21/11/2024