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Violência doméstica: não ignore os sinais



No fim de semana uma mulher foi agredida e resolveu expor a violência como forma de alertar outras mulheres.


 



A Marli tem 49 anos e traz no rosto as marcas de um dos piores momentos vividos. Ela foi espancada pelo então companheiro, e arrastada em um carro em movimento.


Tudo aconteceu na noite de domingo (25), na praça do bairro Maria Luiza. Primeiro, ele arrancou o brinco que estava na orelha da Marli, e depois começou a sessão de violência.


Alguns meninos que estavam na rua é que chamaram o socorro, ela foi levada à UPA e depois para o Hospital Universitário, devido ao deslocamento no braço.


Pouco antes do espancamento casal teve uma discussão na casa de uma amiga, no bairro Veneza.


O acusado pelas agressões chegou a ser preso, mas pagou fiança de R$ 4.000,00 e está solto. Marli solicitou medida protetiva e agora está com medo de que ele a procure novamente.


A vítima e o agressor se conheceram em um site de relacionamentos. O comportamento dele é o clássico dos casos que culminam em situações graves violência doméstica. No começo era carinhoso, educado e gentil, mas quando veio para Cascavel, para conhecer os pais da Marli, ele passou no bar beber, foi quando quebrou o celular dela.


 Pouco depois, a violência se agravou, Marli foi viajar com o companheiro, e na estrada, mais uma agressão.


Com o tempo, ela descobriu um histórico de outros casos e até processos que o então companheiro já respondia, também por violência doméstica. Mesmo com medo, ela encoraja outras mulheres a denunciarem.


O caso está sendo acompanhado pela delegacia da mulher. A delegada não dá detalhes do andamento do processo, mas explica porque, juridicamente, há o direito à fiança, mesmo em casos como esse, os crimes de até quatro anos são afiançáveis, por isso a mulher tem que pedir a medida protetiva.


A delegada reforça ainda que aos primeiros sinais de violência, dois pontos fundamentais: acolhimento e coragem para denunciar.


As denúncias podem ser feitas na delegacia da mulher, em horário comercial, e na 15ª em horário de plantão. Ou pelo telefone 180.


JC1


Publicada em 21/11/2024