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Despedida das vítimas de explosão é marcada com muita emoção em Palotina



Para os imigrantes do Haiti o momento é de luto profundo.


 



Nesta sexta-feira (28) continuam as buscas ao trabalhador desaparecido após explosão em Palotina. Durante a manhã, ao menos dez mil toneladas de milho ainda estavam no local de buscas.


A chuva intensa na cidade dificulta os trabalhos de busca, porém desde a explosão que aconteceu no fim da tarde de quarta-feira (26) as buscas não foram interrompidas.


O velório do brasileiro Saulo da Rocha Batista foi realizado no memorial da funerária Bom Jesus em Palotina. Familiares e muitos amigos, especialmente colegas de trabalho, se despediram do trabalhador de 53 anos.


A celebração de corpo presente teve a presença do presidente da C. Vale, Alfredo Lang, que não quis gravar entrevista. Grande parte da diretoria da cooperativa também acompanhou a missa. Aparentemente consternado, Lang trocou poucas palavras com a imprensa.


Depois o corpo de Saulo seguiu em um cortejo pelas ruas da cidade até o cemitério municipal, onde aconteceu o sepultamento. Ele foi o primeiro das vítimas da explosão a ser enterrado.


A despedida foi cercada de muita emoção e tristeza. Saulo era funcionário da C.Vale desde 2006. Durante estes 13 anos ele trabalhou como assistente operacional. Ele deixa a esposa e um filho de 27 anos.


Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de Palotina vai acompanhar a investigação para entender o que houve para tomar novas medidas de prevenção.


O velório dos sete haitianos que morreram nas explosões da unidade de recebimento e armazenagem de grãos da cooperativa está acontecendo no Ginásio de Esportes da Umesp.


O sepultamento será no meio da tarde desta sexta-feira. Diferente de Saulo, os estrangeiros não eram funcionários da cooperativa e sim tinham contrato com este sindicato de trabalhadores de movimentação de mercadorias.


O Sindicato garante que todos eram treinados como movimentadores de mercadoria e que vai arcar com todos os atos fúnebres das vítimas haitianas.


Para os imigrantes do Haiti o momento é de luto profundo. Jean foi o primeiro a chegar em Palotina há 11 anos e perdeu amigos e primos na tragédia.


Algumas vítimas eram fontes de renda para familiares que ainda vivem no Haiti e trabalhavam para trazê-los para o Brasil.


O Corpo de Bombeiros segue na busca por uma vítima desaparecida e tenta aumentar a capacidade da retirada de grãos de um dos barracões onde a vítima estaria para diminuir o tempo de resposta.


JC1


Publicada em 21/11/2024