Professora auxiliar, diretora e secretário de educação também foram denunciados por omissão. g1 tenta contato com os envolvidos para comentar sobre o caso.
Um professor de educação infantil foi denunciado pelos crimes de tortura e exposição de criança a vexame e constrangimento, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR). A identidade do docente não foi divulgada.
O professor, conforme a denúncia divulgada nesta sexta-feira (27), atuava em Roncador, no centro-oeste do Paraná. O caso aconteceu em setembro de 2022 e, na época, a vítima tinha quatro anos.
"Com consciência e vontade, na qualidade de professor, submeteu a criança […] sob sua autoridade, com emprego de violência e grave ameaça, a intenso sofrimento físico e mental como forma de aplicar castigo pessoal", diz trecho da denúncia.
De acordo com um trecho da denúncia, após a criança recusar, por diversas vezes a se alimentar, o professor levou a colher com alimento até a boca dela e a fez engolir.
Em seguida, a criança vomitou e o professor deu o alimento com vômito para a criança ingerir novamente.
"Segundo se apurou, após a criança se recusar, por diversas vezes a se alimentar, em tom intimidador e alterado, o denunciado, na condição de professor, na frente dos demais alunos, posicionou-se em frente à criança e levou o talher com alimento até a boca da infante, contra a sua vontade, fazendo-a engolir a refeição, o que provocou vômito na criança e, em seguida, deu o alimento com o vômito para a criança ingerir, gerando nova regurgitação”, diz a denúncia.
O caso tramita sob sigilo.
Outras denúncias
A professora auxiliar da turma foi denunciada por crime de tortura, por presenciar a cena e não ter feito nada, conforme o Ministério Público.
A diretora do Centro Municipal de Educação Infantil e o secretário da educação do município também foram denunciados por omissão de comunicação sobre caso de violência.
O g1 procurou a Prefeitura de Roncador para comentar sobre a situação, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a denúncia, eles não comunicaram as autoridades e nem os pais da criança sobre o acontecimento.
A mãe da vítima soube da situação apenas este ano, segundo a denúncia. Ela buscou a polícia e fez o registro.