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Paraná e Santa Catarina vão estudar em conjunto soluções para as cheias do Rio Iguaçu



Os governadores formaram grupo de trabalho para estudar as melhores formas de minimizar os efeitos das cheias.


 


Os governadores do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e de Santa Catarina, Jorginho Melo, estabeleceram nesta segunda-feira (20), em reunião no Palácio Iguaçu, um grupo de trabalho para estudar as melhores formas de minimizar os efeitos das cheias do Rio Iguaçu, que afetam os dois estados. O grupo vai envolver os técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná e do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).


No mês de outubro, as chuvas intensas elevaram o nível do rio em diferentes pontos, causando estragos em diversas cidades, sendo que União da Vitória, no sul do Paraná, foi a mais prejudicada, com cerca de 40% da área da cidade alagada. O município vizinho de Porto União, já no estado de Santa Catarina, também teve problemas com a cheia, com vários moradores desabrigados.


"Este grupo de trabalho vai reunir os técnicos ambientais para estudar todas as áreas do curso do Rio Iguaçu e verificar quais seriam as melhores alternativas para minimizar os impactos das cheias", disse Ratinho Junior. "Nosso objetivo, com o grupo, é achar soluções a curto, médio e longo prazo", acrescentou o governador catarinense, Jorginho Melo.


Estiveram na reunião com os governadores os prefeitos de União da Vitória, Bachir Abbas, e de Porto União, Eliseu Mibach, além de empresários, que relataram as dificuldades em retomar as atividades com a demora para o nível da água do rio baixar.


De acordo com Mibach, enquanto o Rio Iguaçu enche de 2 a 3 cm por hora com as chuvas, ele "baixa" de 3 a 4 mm por hora depois das tempestades, piorando o drama das famílias e empresas atingidas pela enchente. "Sabemos que não é possível solucionar em definitivo o problema. Mas queremos buscar alternativas para reduzir os impactos na população", afirmou.


O diretor-presidente do Instituto Água e Terra, Everton Souza, disse que a parceria estabelecida com Santa Catarina dará mais celeridade nos processos de licenciamento e saneamento ambiental necessários para a execução das obras futuras. Souza afirmou ainda que o IAT já elaborou um termo de referência para a contratação de um anteprojeto para minimizar os efeitos da cheia do Rio Iguaçu.


"Esse termo vai permitir que a gente contrate uma empresa para analisar todos os estudos que já existem e também vai agregar novas informações para se fazer uma modelagem matemática que venha nortear um projeto para a execução de obras com segurança, sob o ponto de vista ambiental e de sustentabilidade", disse.


Há três semanas, técnicos do IAT fizeram uma inspeção terrestre e aérea dos locais atingidos pela enchente em União da Vitória. As informações estão amparando a publicação do Termo de Referência que vai permitir a contratação da empresa responsável por apontar o caminho mais viável para a obra de contenção das cheias no município. A cheia já dura cerca de 40 dias e ainda deixa pessoas desabrigadas.


Um levantamento feito pela Defesa Civil mostra que, de 1º de outubro a 1º de novembro, 157 municípios foram atingidos pelas chuvas em todo o Estado, sendo que 96 estão em situação de emergência e 16 em situação de calamidade pública. Até 1º de novembro, o prejuízo total estimado, incluindo perdas no setor público e privado, foi de R$ 829,6 milhões.


AEN-PR


Publicada em 21/11/2024