Refém de 10 meses morreu em bombardeio em Gaza, diz Hamas; Israel investiga
Braço armado do grupo islâmico também comunicou a morte do irmão mais velho e da mãe do bebê; eles eram argentino-israelense.
As Brigadas Al Qassam, braço armado do grupo islâmico Hamas, anunciaram, nesta quarta-feira, 29, a morte de um bebê de dez meses, seu irmão mais velho e sua mãe, três reféns da família argentino-israelense Bibas. Segundo eles, as vítimas morreram em decorrência de “bombardeios anteriores” do Exército de Israel sobre a Faixa de Gaza.
“Três sionistas detidos morreram como resultado de bombardeios sionistas anteriores na Faixa de Gaza”, disse o grupo armado em comunicado, no qual identificou a falecida como Shiri Silverman Bibas, mãe de Kfir Bibas, de dez meses, e seu irmão Ariel, de quatro anos. Todos eram residentes do kibutz Nir Oz, comunidade israelense muito próxima de Gaza, e foram capturados e levados para Gaza junto com o pai da família, Yarden Bibas, durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
Diante desta informação, o Exército israelense informou que investiga as mortes desses reféns. Em um comunicado, as autoridades informaram que estão “verificando a veracidade da informação” e afirmou que “o Hamas põe em perigo a vida de todos os reféns na Faixa de Gaza, entre os quais há nove crianças, e é responsável pela sua segurança”.
Nos últimos dias, depois da libertação de 81 reféns – 61 israelenses e 20 estrangeiros – no âmbito da troca de crianças e mulheres reféns por prisioneiros palestinos, em paralelo à trégua em Gaza, houve controvérsia sobre o fato de os filhos e a mãe da família Bibas não terem sido libertados, pois Kfir era o mais jovem entre todos os sequestrados. Há poucos dias, outros familiares da família Bibas relataram que temiam pela sua saúde e pediram sua libertação na prorrogação do cessar-fogo temporário em vigor desde sexta-feira.
Segundo o porta-voz árabe do Exército israelense, Avichai Andraee, a família foi inicialmente sequestrada pelo Hamas, mas foi transferida para outro grupo armado palestino, que a teria mantido em seu poder na área de Khan Younis. “Todas as outras crianças já foram libertadas. Não sabemos onde estão detidas ou nada sobre o seu estado”, disse ontem Ofri Bibas, irmã do pai, Yarden, e tia das crianças, em uma coletiva de imprensa. O Exército israelense informou que comunicou a família Bibas sobre a publicação do Hamas, mas ainda não conseguiu corroborar a veracidade da informação.
“A organização terrorista Hamas continua a agir de forma cruel e desumana”, disse um porta-voz militar de Israel, que lembrou que toda a responsabilidade pela segurança das pessoas raptadas “recai inteiramente sobre o Hamas”. O Exército destacou também que o Hamas ainda mantém nove crianças em cativeiro e exigiu que o grupo “as devolva imediatamente a Israel”.
Fonte: Jovem Pan
Publicada em 21/11/2024