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SAIBA OS VALORES COBRADOS POR DADOS PESSOAIS ROUBADOS NA INTERNET



Usuários que têm documentos comercializados ilegalmente na deepweb podem ser vítimas de golpes como doxing, phishing e até mesmo extorsão Criminosos podem comprar carteiras de identidade ou credenciais de acesso a plataformas de streaming por apenas 0,50 centavos de dólar, aproximadamente R$ 2,60, em conversão direta, na deepweb. É o que aponta o relatório "Dox, roubo, revelação. Onde seus dados pessoais vão parar?", da empresa de cibersegurança Kaspersky. Ainda segundo a pesquisa, com um investimento um pouco maior, a partir 6 dólares, aproximadamente R$ 31, em conversão direta, é possível ter acesso a passaportes escaneados ou detalhes de cartão de crédito. O menu disponível no mercado ilegal da internet inclui ainda selfies acompanhadas de documentos, que podem custar mais de R$ 300, e até prontuários médicos, por um valor de até R$ 155. De acordo com especialistas da Kaspersky, além de terem seus documentos comercializados, os usuários podem ser vítimas ainda de golpes como doxing, phishing e até mesmo extorsão. "O doxing ocorre quando as informações são utilizadas para constranger, agredir ou colocar a pessoa atingida em perigo", explica o analista de segurança sênior da Kaspersky no Brasil, Fabio Assolini. Alguns indivíduos têm mais probabilidade de serem vítimas deste tipo de golpe, como jornalistas, influenciadores digitais, ativistas, advogados, profissionais do sexo e policiais. "Para as mulheres, o doxing pode representar ameaças e abusos verbais. Para os policiais, o doxing significa perigo direto para sua segurança física. Não raras vezes, o golpe pode levar as pessoas a ter de abandonar os seus empregos", afirma Assolini. O famoso phishing, por sua vez, consiste em "fisgar" usuários por meio de e-mails fraudulentos com o objetivo de instalar aplicativos maliciosos nos dispositivos nas vítimas. Assim como documentos, endereços de e-mail também podem ser adquiridos ilegalmente pela deepweb. "Estes aplicativos são capazes de coletar informações sobre as senhas, e por fim, obter acesso às contas visadas”, diz Assolini. "Esses serviços, no entanto, são extremamente caros, demorados e geralmente executados por agentes de ameaça avançados contra alvos prioritários." Por fim, os golpistas podem ainda extorquir as vítimas. Operações como a Data Brooker, da Polícia Civil, demonstraram como gangues usam informações pessoais e fotos dos perfis para clonar o WhatsApp das vítimas e extorquir seus amigos e familiares. Apenas uma operação policial dessas estimou o prejuízo de R$ 500 mil. Para minimizar os riscos de ter informações pessoais roubadas, a Kaspersky recomenda que os usuários verifiquem as configurações de permissões nos aplicativos utilizados para bloquear o acesso a páginas fraudulentas, usem a autenticação de dois fatores – é mais seguro usar um aplicativo que gera códigos únicos do que receber um segundo fator por SMS – e, claro, mantenham as soluções de segurança dos dispositivos sempre atualizadas.
FONTE:"R7"


Publicada em 21/11/2024