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Fernando Haddad defende a revisão da desoneração da folha



Ministro da Fazenda participou do programa Roda Viva desta segunda-feira (23).


 


Durante o programa Roda Viva desta segunda-feira (23), o ministro da Fazenda Fernando Haddad ao falar de sua posição a favor da oneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, o ministro afirma que privilégios concedidos como a desoneração não "renderam aquilo que prometiam".


"De cada dez economistas, pelo menos nove concordam que esses jabutis, esses privilégios, precisam ser revistos, até porque a maioria não rendeu aquilo que prometia quando foi inaugurada. Mas nós compreendemos, em todos os casos, que eles não deveriam acabar de uma vez por todas de uma hora para outra. Era preciso fazer com que os setores se adaptassem à nova realidade tributária do país, que a reforma tributária inaugura com muita felicidade", comenta.


O ministro da Fazenda ainda revela que conversou com líderes partidários e ouviu que nenhum deles concorda em eternizar os privilégios na Constituição.


"Alguém vai pagar por esses 17 setores. Você tem que financiar a previdência. Ela tem que ter equilíbrio. Se você está abdicando de uma receita de 17 setores, você vai ter que onerar outros setores para fechar a conta", opina.


Haddad afirma que propôs discutir, nos termos da reforma tributária, uma diluição do tempo e a definição de uma data para o fim gradual da desoneração.


Em dezembro do ano passado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD - MG), promulgou a lei que renova a desoneração da folha de pagamento. O presidente Lula (PT) chegou a vetar o projeto, mas o veto foi derrubado pelo Congresso.


Participam da bancada de entrevistadores Flávia Barbosa, editora executiva do jornal O Globo; Fernando Exman, diretor da sucursal de Brasília do Valor Econômico; Adriana Fernandes, repórter especial e colunista da Folha De S. Paulo; Fernando Nakagawa, analista de economia da CNN Brasil e Martha Beck, repórter da Bloomberg. Os desenhos são feitos pelo cartunista Luciano Veronezi em tempo real.


Isenção fiscal a líderes religiosos


O assunto sobre a isenção a líderes religiosos veio à tona durante a conversa. O ministro afirmou que só vai passar a ser válido após o Tribunal de Contas da União (TCU) analizar a norma editada durante o governo anterior.


"O Tribunal de Contas abriu um procedimento investigatório. É dever do controle externo fazê-lo. Apurar o que aconteceu naquele episódio, no meio da eleição. O que fez o atual secretário da Receita Federal? Ele convalidou os atos? Não, porque está sob investigação e o Ministério Público junto ao TCU colocou uma série de vícios possíveis. Então não cabia convalidar"...


Cultura


Publicada em 21/11/2024