Interdições na BR 277 devido às chuvas preocupa setor de transportes
As perdas financeiras prejudicam a economia.
Ao tocar a buzina o caminhoneiro avisa que está seguindo viagem, assim como fazem milhares motoristas que dependem da estrada para manter a família. Mas um problema na BR 277 tem tirado o sono de muita gente no setor de transportes.
As constantes interdições nesta rodovia, na região de Curitiba na Serra do Mar, por causa dos deslizamentos de terra e pedras vem deixando um rastro negativo na economia. Na madrugada de quinta-feira (25) problemas no quilômetro 39 causaram a interdição de dois trechos da pista. Foram 12 horas com a rodovia fechada, no fim da tarde o tráfego foi parcialmente liberado.
De acordo com o Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná, os transtornos afetam todo o setor porque 60% das mercadorias da região vão para o porto de Paranaguá.
Com esta última interdição, a aflição tomou conta de todos na área e os reflexos são imediatos. O cálculo dos representantes do setor com os problemas no trecho em 6 meses entre 2022 e 2023 é de um prejuízo que passa de R$1 bilhão.
Um motorista de Santo ngelo no Rio Grande do Sul, que tem 40 anos de experiência nas estradas, está parado há quatro dias em posto de combustíveis em Cascavel. Preocupado com esta situação na BR 277 ele está recusando frete para o Porto de Paranaguá.
Para este outro motorista de Capitão Leônidas Marques que trabalha com caminhão há 22 anos é melhor ficar parado em um posto do que se arriscar transportando uma carga para o litoral paranaense neste momento.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) orienta motoristas e empresários do setor a ficarem atentos às informações sobre o trecho da BR 277 em questão.
A própria PRF tem um canal de informação que pode ser acessado pelo celular.
Os representantes do Sintropar (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística) querem uma solução definitiva para o problema, já que não existe um outro caminho alternativo que leve os caminhões ao Porto de Paranaguá.
JC
Publicada em 21/11/2024