“Precisamos entender essas informações da vacina no nosso contexto. Principalmente para, na hora de tomarmos decisões de saúde pública, entender o que ela vai trazer de custo-benefício”, afirmou.
“No primeiro momento vamos confirmar os dados de segurança e, depois, o quanto ela protege essa população que tem diferentes perfis, como diversos históricos de exposição à dengue e outras arboviroses”, completou o especialista.
O estudo envolve também pesquisadores da Universidade de Brasília, sob a coordenação do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas.
A ação se associa a pesquisa já desenvolvida em outras regiões pelo Brasil que avaliam a efetividade da vacina no mundo real. É o caso da pesquisa em Dourados, no Mato Grosso do Sul, que teve início em 3 de janeiro.
“Há ainda uma pesquisa nacional de efetividade da vacina em desenvolvimento pela Fiocruz Bahia e outros estudos em fase de análise pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde”, disse Ethel Maciel, responsável pela pasta.
A secretária afirmou ainda que, ao todo, serão distribuídos para os estados, que farão repasses para os municípios, 6 milhões de doses para 3 milhões de pessoas na faixa de 10 a 14 anos. A campanha de vacinação contra a dengue deve começar ainda neste mês.
As doses começaram a ser distribuídas na última semana, e a oferta já começou pelo Distrito Federal, onde a primeira remessa de doses chegou na quinta-feira antes do Carnaval.
A proteção será destinada em âmbito nacional a jovens de 10 a 14 anos de 521 cidades selecionadas pelo Ministério da Saúde por terem maior incidência da doença.
No Rio, a vacinação para este público está prevista para iniciar na capital entre o final de fevereiro. “Provavelmente dia 28, e a primeira semana de março, de forma escalonada, começando por meninos de meninas de 10 e 11 anos”, afirmou Soranz.
A imunização deve avançar gradativamente para as demais faixas de idade, conforme forem chegando as 354 mil doses que serão destinadas pelo Ministério da Saúde para o Rio.
A capital fluminense já acumula 21 mil casos de dengue em 2024. O número já é quase o mesmo de ocorrências em todo o ano de 2023, que totalizou 23 mil ocorrências. A cidade, que já registrou duas mortes pela doença neste início de ano, está em situação de emergência desde o dia 5 deste mês.Em todo estado, são quatro óbitos em 2024: dois na capital, um em Mangaratiba e um em Itatiaia.
Fonte: Banda B