Coscarella acrescentou que foram necessárias décadas para que os números se recuperassem ao ponto das baleias serem avistadas novamente, o que só começou a acontecer nos últimos anos.
“Nesse caso, foram necessários mais de 80 anos”, disse Coscarella. “Elas se reproduzem a cada 2 ou 3 anos e, portanto, foram necessários quase 100 anos para que elas tivessem um número apreciável de indivíduos para que as pessoas percebessem que elas ainda estão lá.”
No mês passado, a equipe trabalhou para equipar algumas baleias-sei com rastreadores de satélite para mapear seus padrões de migração, com financiamento do projeto Pristine Seas da National Geographic. Eles gravaram imagens delas a partir de barcos, drones e debaixo d’água.
“Podemos considerar isso um sucesso da conservação em escala global”, afirmou Coscarella, acrescentando que a determinação global sobre a caça às baleias foi fundamental para a melhoria dos números.
Ele alerta, no entanto, que se os países decidirem deixar esse acordo isso poderia prejudicar a recuperação das baleias-sei e outras espécies ameaçadas pela caça.
“Depois da caça que reduziu quase que completamente a população (de baleias-sei), quase 100 anos depois essa população começou a se recuperar e agora elas vêm para os mesmos lugares que costumavam ir antes de serem caçadas”, explicou.
Fonte: CNN Brasil