“O envelhecimento da população, a exposição prolongada às telas de celulares e computadores, o aumento da incidência de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, estresse) e os maus hábitos de vida (alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade) contribuem para o surgimento de problemas de saúde relacionados à visão. Esses elementos enfatizam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças oculares”, destaca a entidade.
Em números brutos, são 1.769.309 motoristas que possuem restrições na CNH, frente a um número total de 5.976.192 de pessoas habilitadas.
O pedido de inclusão da restrição na CNH é feito pelo médico do tráfego ao final da avaliação prévia exigida para a concessão ou renovação. No exame, o especialista analisa as condições do candidato de conduzir um veículo, sem oferecer perigo para outros motoristas, passageiros e pedestres.
Entre outras aptidões físicas, são analisadas a acuidade visual, o campo de visão, a capacidade do candidato de enxergar à noite e reagir prontamente – com resposta rápida e segura – ao ofuscamento provocado pelos faróis dos demais veículos; e a capacidade de reconhecer as luzes e sua posição dos semáforos.
Brasil
Em números nacionais, os motoristas com problema de visão praticamente dobraram.
Até 2014, eram 14,4 milhões de CNHs que registravam a exigência de que seus portadores conduzissem veículos obrigatoriamente com o uso de óculos ou lentes de grau.
Atualmente, as restrições visuais respondem por 91% de todas as anotações aplicadas às 27,9 milhões de CNHs emitidas no Brasil.
“Os dados mostram a relevância da saúde ocular para a população e reforçam a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce de doenças como mecanismo para melhorar a qualidade de vida e a segurança das pessoas”, avalia Wilma Lélis, presidente do CBO.
O mapeamento divulgado pelo CBO indica que Rio Grande do Norte, Paraíba e Rio de Janeiro são os que apresentam hoje, proporcionalmente, maior volume de CNHs com restrições em relação à população total de condutores. Nesses estados, os números absolutos são, respectivamente, de 390 mil (42% dos condutores), 371,8 mil (38%) e 2,1 milhões (34%). Já o Acre, que concentra 56,4 mil registros, possui a menor proporção no panorama nacional, com 20% dos condutores apresentando alguma restrição visual para conduzir veículos.
Contudo, quando se compara a situação de 2014 em relação a 2024 o cenário muda. Os estados onde o aumento percentual de condutores com restrições foi mais significativo são: Goiás, com 129%; Tocantins (128%); Roraima (125%); Mato Grosso (120%); Acre (119%); Amazonas (110%); Rondônia (103%); Alagoas (103%); Maranhão (102%); e Piauí (100%). No extremo oposto, surge o Distrito Federal, com 40%.
Fonte: Banda B