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Acusado por três homicídios, homem que incendiou pensionato é condenado a 53 anos de prisão no Paraná



Segundo o MP-PR, o réu agiu para se vingar e matar outro homem, que estaria lhe devendo R$ 20; a decisão cabe recurso.


Lissandro Morais Branco, que foi acusado de três homicídios e duas tentativas por colocar fogo em um pensionato na cidade de Maringá, na norte do Paraná, foi condenado a 53 anos de prisão. A informação foi divulgada à imprensa nesta segunda-feira (12), quase dois anos após o crime que aconteceu em novembro de 2022.


Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o réu agiu para se vingar e matar outro homem, que estaria lhe devendo R$ 20. O dinheiro teria sido entregue para a compra de drogas: “O que não foi feito, gerando assim o desejo de vingança”, pontua o MP. À época, Branco confessou a ação.



O réu estava preso desde a época do crime e teve a prisão mantida, de modo que não poderá recorrer da sentença em liberdade.


Outro lado


Banda B entrou em contato com a defesa do acusado. Em nota, o representante de Lissandro diz que considera a pena desproporcional e aguarda julgamento do recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná.


A defesa logo que acabou o julgamento pelo Tribunal do Júri local, interpôs recurso de apelação, pois no entendimento defensivo, o julgamento está contrário a prova dos autos, tendo em vista que defendeu em Plenário a absolvição do acusado Lissandro quanto as acusações de homicídio tentado, e a desclassificação em relação as acusações de homicídio consumado para incêndio com resultado morte.


A absolvição se justifica pelo fato de não ficou comprovado que uma das vítimas estava no local, portanto é crime impossível, e a outra vítima saiu da residência sem lesões, retornando por conta própria somente para pegar o celular, de modo que o réu não pode ser responsabilizado por uma conduta exclusiva da vítima.


No que tange as vítimas que vieram à óbito, a defesa entende que o correto é classificar a conduta como incêndio com resultado morte, posto que o acusado não tinha a intenção, desde o início do processo, de praticar o crime de homicídio, tão somente o incêndio. Por fim, a defesa aguarda o julgamento do recurso pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, principalmente pela pena aplicada ser alta e desproporcional ao caso.


Thales Sandoval, advogado.


Fonte: Banda B 




Publicada em 21/11/2024